quarta-feira, 10 de junho de 2009

Matéria do Restaurante - Fantástico

Bem, sei que muitas pessoas não entenderam o porquê da minha aparição no meio da noite no Fantástico uahauahuaha Aposto que muita gente ficou assustada e pensando: o que esse gigante tá fazendo ali? Será que ele estava jantando lá e o Kubrusly apareceu? Será que ele pagou a conta do Kubrusly? auhauhauahauh Então vou tentar resumir mais ou menos o que rolou.

E antes que os amigos mais próximos reclamem do porquê de eu sequer ter avisado, eu explico o motivo. Eu mesmo ainda NÃO consegui assistir o vídeo. Tudo porque estava viajando pra Melbourne quando descobri que passaria, fiquei sem acesso à internet e meu cartão pra ligações internacionais tinha expirado o prazo de validade. Fora que passei os últimos 6 dias percorrendo 3500km na Austrália, então dá pra ter idéia de que foi chão hehehe Peço desculpas, mas enfim, vamos aos fatos uahauhauahuaha

Lá estava eu, dia 2 do mês passado, sábado, em casa, já que não tinha dado certo um lance de ir trabalhar como labour (em obra). Não que seja o emprego dos meus sonhos, mas seria uma graninha massa. Daí olhando meus e-mails vi que algum desconhecido tinha me mandado algo no Facebook. Fui lá conferir a mensagem e quando comecei a ler achei até que era SPAM hehehehehe

Uma Marcela se dizia da produção do Fantástico, da rede Globo, e que tinha visto meu blog e tinha gostado muito da maneira como eu passava algumas curiosidades sobre a Austrália. Explicou-me que o Maurício Kubrusly estava vindo pra cá na próxima quinta, gravar uma série de reportagens na Austrália, que seria muito bom se a gente fizesse algum tipo de contato e me passou o e-mail dela e me disse pra entrar em contato caso tivesse interesse em participar assim que possível, já que eles estavam com uma certa urgência. Achei interessante e à primeira vista pareceu bem normal o que ela escreveu até, não parecia nenhum tipo de SPAM ou sejá lá o que for. Mas primeiro: como ela conseguiu acessar o blog se eu sequer o divulguei??? E depois: o que de tão interessante eu coloquei no blog se eu só contava basicamente histórias do cotidiano em Sydney pros meus amigos e família??? Enfim...

Contei pro povo aqui de casa e eles acharam legal e tal, mas todos ficaram meio desconfiados, óbvio. Respondi pro e-mail dela e tal, pedindo mais informaçõs sobre o que exatamente eles gravariam e tal e passei o resto do dia encucado com essa história. De noite resolvi procurar mais informações e lembrei que no próprio blog tem uma parte em que dá pra saber de onde ele está sendo acessado. Cliquei lá e vi: um dos últimos acessos realmente era do RJ. Cliquei em cima e confirmei: o IP desse acesso tinha um código e ao lado escrito (tv globo ltda) uauhauahuahauh Aí sim comecei a achar mesmo que poderia ser verdade a parada. Fui dormir e nada de resposta.

Acordei cedo no dia seguinte e quando abro meu e-mail... tava lá um e-mail com o nome do próprio Kubrusly uHAUAHauhauahuaHAuaHa Comecei a ler e ele já começava o e-mail com um "salve, Fred" hehehe Achei massa demais e no e-mail ele foi explicando a idéia inicial do que eles gravariam e o que tinha chamado a atenção dele quando ele leu o blog. Sobre a forma como um brasileiro mostrava a Austrália e etc. (Depois descobri que ele já havia comentado no meu blog antes do contato da Marcela, mas como era num post relativamente antigo eu não vi o comentário dele, e por isso a Marcela me procurou no Facebook e também comentou no blog). Daí ele me pediu para responder a esse e-mail assim que desse que combinaríamos um encontro por aqui e tal pra trocar umas idéias. Além disso, ele disse que gravaria uma matéria com o Pilobolus, grupo de dança americano que se apresentaria aqui em Sydney e depois iria entrar em turnê pelo Brasil, pra divulgar o mais rápido possível. Tanto é que ele chegou aqui numa quinta, gravou com o Pilobolus no fim de semana, voltou pro Brasil numa quarta ou quinta, e no domingo dia 17/05, a matéria com o Pilobolus já estava no ar. Então esse foi um dos motivos da urgência em virem pra cá.

Enfim, respondi o e-mail e fiquei na espera de uma resposta dele. No outro dia ele respondeu e assim foi. Fomos trocando uns e-mails, fui dando umas dicas do que ele poderia gravar aqui e ele falou que tinha também outro contato, de um brasileiro que tem um programa de rádio na Austrália e mora aqui a 5 anos já. E nesse e-mail ele perguntou se eu sabia de algum restaurante que jogava comida pro cliente, mas eu não conhecia. Procurei e não achei nada a respeito. Mas depois ele me disse que existia sim esse restaurante e que eles provavelmente gravariam lá.

Daí no dia 8, ele me mandou um e-mail dizendo que já estava na área, e que as gravações no restaurante seriam naquele dia mesmo. Mas falou que estava numa lan-house e que assim que chegasse ao hotel me ligava hehehe Fiquei esperando e cerca de meia hora depois, toca meu celular com uma ligação privada. Atendi e do outro lado estava o Kubrusly uahauahauhauahauh Foi muito comédia conversar e escutar a voz dele lá, falando normalmente comigo. Conversamos uns 10 minutos e tal e ele convidou, falou que iriam gravar no restaurante as 6 da tarde e que seria legal se eu aparecesse por lá pra conversar mesmo e termos esse primeiro contato. Até esse momento não tinha comentado nada com ninguém além da minha família já que não era nada certo e eu sequer sabia se apareceria mesmo ou não em alguma reportagem.

Pois bem, cheguei ao restaurante e conheci o Kubrusly e os dois cinegrafistas que estavam com ele. Ficamos lá conversando uns 45minutos esperando o outro brasileiro, que era na verdade o convidado mesmo da gravação. Falei mais algumas coisas da cidade pra eles e eles contaram um monte de história lá da Globo. Sobre jornalismo investigativo, de como eles faziam pra gravar com aquelas câmeras escondidas. Contaram que tem um cara que trabalha só com isso pra eles, desenvolvendo as roupas e projetando o lugar onde ficará as micro câmeras. Contaram também da moral que alguns jornalistas tem que ter nas favelas do RJ pra fazerem as gravações. Enfim, foi massa hehehe

Entramos e fomos jantar normalmente lá, com os cinegrafistas filmando ora ou outra a nossa mesa e a mesa ao lado que era a mais cheia. O restaurante era basicamente o que muita gente já viu: o chef lá fazia um monte de pratos principais, como camarão, peixe, fillet, frango, etc e no final fazia aquelas brincadeiras com ovo e arroz. Depois de jantarmos, me despedi lá deles e tal, agradeci a oportunidade e fui embora.

Depois da janta no restaurante!


Foi uma experiência fera conhecer o Kubrusly e participar da gravação naquele restaurante bizarro uahauahuaauhauah e graças ao que eu tinha escrito no blog, mas não sabia sequer se apareceria na edição. Daí o Kubrusly explicou que o mais urgente era a gravação do Pilobolus mesmo que entraria noa ar do domingo dia 17. Que depois disso ele tiraria 2 semanas de férias e começaria a série de reportagens na Austrália. Mas que não seria um "Me leva Austrália", tal como o "Me leva Brasil". Seriam reportagens soltas mesmo. Então eu nem sabia quando sairia a matéria, mas ele falou pra entrar em contato com ele que ele avisaria.

O problema é que passaram-se as duas semanas e justo na terceira eu viajei pra Melbourne como disse com 2 flatmates e a Ju, uma amiga nossa. (inclusive assim que conseguir terminar a história de Gold Coast que já foi a mais de três meses, já entrarei direto na de Melbourne hehehe Iradíssima a viagem). Daí fiquei todo enrolado entre procurar carro e informações do que fazer em Melbourne durante a viagem e acabei me esquecendo de mandar o e-mail pro Kubrusly pra saber da matéria. Viajei na quinta-feira e no meio da viagem a mãe da Ju comentou com ela que tava passando umas chamadas na globo sobre a matéria, já que a Ju foi no mesmo restaurante e comentou com a mãe dela que um amigo dela apareceria provavelmente na reportagem.

O problema é que agora que eu sabia quando era a reportagem eu não tinha como avisar, já que estávamos viajando muito e passando muito tempo no carro, sem qualquer chance de parar numa lan-house. E resolvi também não comentar com ninguém antes pq não curto isso. Poderia ter falado desde a época em que gravamos, mas não sabia quando sairia e nem se apareceria, então comentei mesmo só com família e bem por alto com algumas pessoas que converso um pouco mais daqui da Austrália, mas espero que tenham visto aí e gostado, pq foi uma experiência iradíssima uahauhauahauhauha

Espero que agora tenham entendido melhor tudo o que se passou e porr*, quero ver também essa matéria aí uahauahuahauha

Em breve termino rapidamente a história da viagem pra Gold Coast e entro na de Melbourne, até porque provavelmente segunda que vem estarei viajando pra Nova Zelândia UahuHUAhuahauah Seguuuuuuuura!!!


.Link da matéria do Fantástico no G1

.Comentário da Marcela no blog

.Comentário do Kubrusly no blog

terça-feira, 12 de maio de 2009

Gold Coast – 3º Dia: Nimbin e Surfers Paradise

Acordamos no dia 27, sexta-feira, e toda a programação foi por água abaixo com a enrolação do povo. Nós éramos em 7, mas não tinha como todo mundo ir ao mesmo tempo pra Nimbin. E os 3 (Tiago, Meiço e Augusto) tinham que estar de volta antes das 3 da tarde. O problema é que demorava 2h entre ir pra Nimbin e voltar pra Byron Bay, e seriam feitas 4 viagens (2 de ida e 2 de volta). Logo, havia toda uma logística envolvida para que pudéssemos ir os sete, curtir juntos em Nimbin e depois deixar os mlqs em Byron e seguir viagem pra Surfers Paradise, um plano ousado, que acabou não dando certo e causando confusões hehehe


Na noite anterior, definimos quem faria cada viagem nas duas idas e o horário que sairíamos. Porém, o povo ficou enrolando pra tomar o café da manhã (que na verdade era pago, mas estava lá na mesa então todo mundo comeu de graça, achando que era café da manhã do albergue e justo quando eu fui comer o cara da recepção veio falar que aquilo era pago e não era nosso uahauhauahauha) e acabaram saindo atrasados. Ficamos eu e o Guilherme no albergue enquanto o resto foi pra Nimbin. Aproveitamos pra entrar um pouco na internet e fazer o check-out. Depois de pouco mais de 2h, o Gustavo e o Léo voltaram e então fomos os quatro pra Nimbin.


A estrada pra Nimbin é bem perigosa. Em alguns trechos não há marcação na pista, o que dificulta na hora de ter noção do espaço do carro, já que a direção é do lado contrário e você tem todo o resto do carro à sua esquerda, e, além disso, em alguns momentos a pista é totalmente estreita, com espaço pra pouco mais de um carro, em uma pista de duas mãos.


Chegando à Nimbin, deu pra sentir a loucura que era aquele lugar. Nimbin é um vilarejo com uma população estimada de 352 habitantes (valeu Wikipédia), onde a apologia às drogas, especialmente a cannabis, não tem limites. Pra entender melhor do que se trata: http://en.wikipedia.org/wiki/Nimbin,_New_South_Wales


Como a cidade é basicamente uma rua, em uma hora você conhece tudo por lá. Fomos ao Museu de Nimbin e em várias lojas de nome sugestivo, tais como: Hemp Bar, Happy High Herbs, Bringabong, dentre outros e aproveitamos pra tirar várias fotos. Vale a visita pq dificilmente você verá algo tão bizarro em outro lugar do mundo uahauahauhauahuah


Algumas fotos de Nimbin!


Como o Gustavão queria continuar lá curtindo a vibe, resolvi então pegar o carro pra levar os mlqs pra Byron. O problema é que eu ainda não tinha dirigido e pegaria o carro por cerca de 120km, logo no trecho mais perigoso: a estrada entre Nimbin e Byron. Pior, já era quase 14h e os mlqs tinham que estar antes das 15h em Byron. Saímos em direção à Byron e o primeiro susto: ainda acostumando com a direção do carro e com a estrada, numa curva um pouco mais fechada o carro deu uma derrapada e por pouco não pega um carro que vinha no sentido contrário. A sorte é que os dois estavam devagar, mas o susto já serviu pra deixar mais atento e depois foi só alegria. Chegamos exatamente às 3h em Byron, despedimos dos mlqs que em poucos dias já estariam voltando pro Brasil e voltamos pra Nimbin. Chegando lá fizemos um lanche e seguimos rumo à próxima parada: Surfers Paradise!!!


Chegando em Surfers!!!


No caminho de Surfers Paradise, paramos em Coolangatta, próximo à praia onde iria rolar o WCT de Gold Coast, primeira etapa do campeonato mundial de surf (um dos motivos de termos ido naquela época). Ligamos pro Adriano, um amigo da nossa flatmat Ju, que morava em Gold Coast e iria nos ajudar a nos virar por lá. E o cara foi um brotherzaço lá pra gente mesmo.


Viajando! Coolangatta


Fomos então pra Surfers e nos encontramos com ele em frente ao Hard Rock Café. Ele falou pra irmos à casa dele caso quiséssemos tomar banho pra depois sair pra duas baladas que ele tinha cortesia: Sin City e The Bedroom. Tomamos banho os quatro na casa dele e fomos pra rua das baladas em Surfers.


A rua das baladas em Surfers!


Corremos pra pegar o carimbo das duas, já que a cortesia era até as 23h, daí mal entramos em uma já saímos pra pegar o carimbo da outra hehehe E assim poderíamos ficar revezando entre as duas boates. A Sin City era legalzinha e teve até um desfile lá, de um concurso que tava rolando. A The Bedroom era muito fera e no dia estava bem mais cheia. O DJ era cabuloso e o ambiente era fera, com várias camas espalhadas pela boate. E o nosso parceiro Adriano era um show à parte uahauahuaha Um dos mais sem noção que já conheci pra chegar na mulherada. Ele chegava pra todas e falava: “Hi guys” uahauhauah dizia que se falasse “Hi girls!” elas não dariam moral (?!?)... Vai entender uahuahauhauha


Saímos lá pelas 4 da balada, cansadaços, lanchamos no Hungry Jack’s e fomos pra casa do Adriano (que conseguiu que nós 4 dormíssemos lá de graça) descansar, já que no outro dia era dia de bateria do WCT de Gold Coast!!!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Gold Coast – 2º Dia: Byron Bay

Acordei no dia seguinte pouco depois das 8h, totalmente arrebentado. O dia estava excelente, o sol forte e nenhum sinal de nuvem. O único problema é que nem Léo, nem Guilherme, nem Gustavo davam sinal de que iriam acordar em breve hehehe O jeito foi esperar um pouco. Saí do carro, dei uma caminhada pra esticar, voltei pro carro e nada do povo acordar. Já passava de meia hora que eu tava acordado e comecei a ficar agoniado pra achar logo um backpacker e ir pra praia. Resolvi começar a fazer barulho dentro do carro, mexer nas coisas e depois de uns 15min deu resultado e eles começaram a acordar uahauhauahuahau


Não demorou muito e encontramos o YHA. Já tinha escutado falarem muito bem desse YHA, da rua Carlyle se não me engano, e realmente era muito bom lá. Decidimos ficar eu, Léo e Guilherme no único quarto disponível, que seria só nosso, enquanto o Gustavo preferiu economizar e dormir no carro*. Reservamos o quarto e o cara nos falou pra voltar pelas 11h que era o horário do check-in. Fomos comprar as coisas pra tomarmos café da manhã e depois de muito rodar atrás de uma vaga onde não fosse necessário pagar, paramos o carro e quando olhamos pro lado... Meiço, Tiago e Augusto parados lá uahauhauahauha


Fomos então os 7 pro Woolworths comprar algumas coisas e nos deparamos com a tiazinha maluca, uma hipponga que falava um monte de coisas sem nexo e ainda confundia Brasil com Chile com Espanha (???) uahauhauah Tomamos o tradicional café em cima do capô do carro mermo, deixamos nossas coisas no YHA e fomos pra praia. Chegando lá por volta de meio-dia, conhecemos umas canadenses e ficamos jogando bola com elas, pegamos um mar (por sinal, a água lá é excelente e a praia mil vezes melhor que qualquer uma de Sydney) e partimos pra caminhada rumo ao Cape Byron Lighthouse, que passava por praias incríveis, vistas sensacionais e o famoso ponto mais ao leste da Austrália, com direito a bruscas mudanças de tempo, onde períodos de chuva forte e sol queimando alternavam-se a cada 15 minutos (basta reparar bem nas fotos).




Voltamos da caminhada por volta das 4 e pouquinho e chegamos no Woolworths mortos de fome pouco depois da 5. Rachei um frangão cabuloso com o Tiago, depois nos preparamos pra sair e ficamos trocando idéia lá no albergue. Saímos procurando alguma balada massa, ficamos um tempo na Cocomangas, bem mais ou menos (o único fera foi um bafômetro que tinha na parede perto da saída da balada, que pra variar, indicou o Guilherme como o mais torto e ainda mandou o recado: DANGER... DANGER... hehehe) e depois fomos descansar, já que no próximo dia... Nimbin nos esperava.



Canibalismo!!! Frango comendo frango


*No fim do dia, acabou que o Gustavo foi dormir com a gente no quarto, de penetra, já que o quarto era pra 4 pessoas mesmo.