sábado, 24 de janeiro de 2009

Primeira semana de aula

O 2º dia do ano certamente foi mais proveitoso que o primeiro. Mas nem tanto hehehe Eu saí com o Guilherme para resolver várias coisas e acabei não resolvendo nada. Fomos apenas à Myer, uma loja de departamento gigantesca, com 6 andares que tem de tudo: perfume de várias marcas, óculos, coisas para casa, roupas, eletrônicos, artigos de papelaria, tudo. De noite fui com a Claudinha, Fabi (flatmates) e uns amigos delas para a King’s Cross, bairro de Sydney lotado de baladas. E fomos barrados nas 2 em que tentamos entrar uahauhauha Como diriam os caras lá do meu futuro apê, lá só tem balada de Paquito, tem que ir todo arrumadinho, de social e tal, senão não entra nas baladas. E como estávamos todos de blusa e tênis, fomos barrados. Esperei o Léo e o Guilherme chegarem lá e tentamos entrar em outra balada. Resultado: barrados novamente hehehe Já tava puto e resolvemos então ir para alguma balada no centro mesmo, perto de casa. Voltando pra casa encontrei a galera que estava antes com a gente na King’s Cross e estava agora indo pro Side Bar, pub do lado da minha casa. Como estava voltando sozinho já que o Guilherme e o Léo desistiram no meio do caminho de ir pra outro lugar, resolvi acompanhar o pessoal. Cheguei no Side Bar, fiquei 15min e fui embora pra casa, prometendo voltar na King’s Cross mais arrumado do que fui pra minha formatura, que daí quero ver barrarem hehehe.

Flatmates do 57: eu, Ciça, Fabi, Claudinha e Livian

No dia seguinte, sábado, fiz minhas primeiras compras sozinho. Além de pela primeira vez me sentir realmente morando sozinho, sem qualquer suporte já que nos outros dias eu passava o tempo todo com as flatmates, também me senti um retardado. Eu ia e voltava pro mesmo lugar umas 4, 5 vezes. Devo ter demorado 1h pra fazer uma compra que não duraria mais que 30 minutos. Mas foi bom porque agora já conheço cada parte do supermercado. Voltei e finalmente resolvi me mudar para o outro apê (detalhe que já era dia 3 e eu deveria ter mudado dia 30 passado). Como já estava com a chave, cheguei lá com as compras e bati na porta, mas já fui entrando hehhee Os outros seis brasileiros que eu iria morar junto tomaram um susto. Expliquei que já estava com a chave, que o Miguel (dono de uns 20 apartamentos aqui do prédio, uma espécie de Seu Barriga, que é dono da vila e vem cobrar o aluguel, quando vem hehehe) já tinha me dado a chave e tal, um deles se lembrou que eu tinha ido lá uns dia antes e ficamos lá conversando. Quando cheguei já pensei que tava fudido já que pela minha matemática: sete homens = bagunça na casa toda e falta de comida. E por incrível que pareça nossa casa era mais arrumada que a anterior e a comida dez vezes melhor hehehe Era todo dia comendo arroz, feijão e um tipo de carne ou frango. De quebra, construi algumas amizades que espero levar aí por muito tempo.
No domingo, dia anterior ao início das aulas fui com as meninas do antigo apê de Ferry (uma espécie de barco) para Manly, um bairro mais distante da city com uma praia muito fera. Chegando lá fomos almoçar num restaurante brasileiro chamado Brasuca. Pela primeira vez na Austrália realmente me alimentei bem: arroz, feijão, filé à milanesa, farofa, fritas e salada. Valeu o preço (cada prato custa em média 17 dólares). Depois caminhamos até uma praia ao lado chamada Shelly Beach e voltei com a Fabi já que ela iria trabalhar e eu queria voltar um pouco mais cedo já que teria de acordar cedo no próximo dia.

Almoço no Brasuca

Durante a semana seguinte fui às aulas (que já citei em um post anterior) e à academia. Além disso, na segunda-feira (dia 5) abri minha conta no Commomwealth, banco australiano, já que caso comece a trabalhar preciso ter uma conta em um dos bancos daqui. Na terça fui novamente ao The Gaff, dessa vez com o Ronaldo, Guilherme e o Léo. Na quarta, um dos dias mais comédia de todos. Estávamos todos lá no apê à toa quando o Miguel (Seu Barriga) ligou pro Ronaldo e mandou todo mundo descer que ele ia pagar cerveja pra gente ahuahauhauahauh Descemos os 7 e um turco, amigo do André o do Thiago e ficamos lá conversando e tomando umas (eu, o André e o Thiago só tomamos uns goles de cerveja pra fazer o social e depois ficamos na coca-cola hehehe). Só que o Miguel pagou tudo, e foram bem umas 100 taças de chopp (de uns 5 dólares cada) além de dezenas de pacotes de amendoim e castanha, que fizeram o Thiagão passar um dia inteiro no banheiro uuahauhauaha

Biritando com o Miguelito, aquele embaixo do de verde (Thiago)

Pela noite fomos no Side Bar, do lado aqui do apt, curtir uma música ao vivo. Cheguei tão cansado em casa que capotei no sofá sem perceber e só fui acordar lá pelas 6 da manhã, com o dia claro já. Escovei os dentes e fui dar mais uma cochilada antes de ir pra aula, que começava às 9:00 e eu teria prova ainda por cima, já que toda quinta-feira tem prova. Cheguei uns 5 minutos atrasado na aula, e após o break fiz a primeira prova. Tava bem tranqüila e mandei 94%. Durante a aula da tarde coloquei os xingamentos turcos em prática com o Emi, um dos turcos da minha sala, e ele ficava perguntando como eu tinha aprendido aquilo hehehe
Na sexta-feira, o primeiro passeio com a escola (já que toda sexta temos a opção de fazer um passeio diferente) para a Sydney Tower, uma torre no centro da cidade com mais de 300m e que tem um restaurante que gira lentamente durante o dia, mas que teríamos de pagar caro para visitar, então não o fizemos. Conheci vários brasileiros e inclusive um que já tinha visto o blog em uma comunidade do Orkut, mas nem imaginava que estudava na mesma escola que eu.

Turma do Sydney Tower

Depois do passeio saí com a Cléia e o Bruno, casal que conheci no passeio para irmos até a Chinatown daqui de Sydney. Comprei uma blusa de frio da Austrália bem estilo turista por 15 dólares e depois vim para o apartamento mostrar pra eles como funciona aqui, já que eles estavam procurando um lugar pra morar. Pela noite, a galera do apê 78 saiu pro Scruffy Murphies, um pub muito fera a 10 minutos andando de casa, mas que fede a cerveja e o chão é todo grudento, nada que atrapalhasse.

Apê 78 preparado pro Scruffy

Chegando lá perto, vimos uma movimentação da polícia isolando um local e achamos que se tratava de algo relacionado ao Sydney Festival que estava começando naquele final de semana e duraria o mês inteiro. Atravessamos a rua para ver o que era e pela primeira vez senti algum tipo de medo desde que cheguei. Tinha um carro branco com a porta aberta e cheio de sangue na porta, provavelmente porque houve alguma tentativa de assalto ou assassinato, já que o carro não estava batido. Não chegamos a descobrir o que era e voltamos pro outro lado da rua pra entrar no Scruffy e lá ficamos até umas 4 da manhã. E assim foi a primeira semana de aulas em Sydney.

sábado, 17 de janeiro de 2009

New Year`s Eve

No dia 31 acordei por volta do meio-dia já preocupado achando que não conseguiríamos um bom lugar pra ficar no Botanic Gardens, de onde se tem uma das vistas mais privilegiadas da queima de fogos. Arrumamos-nos e saímos para o Botanic Gardens, chegando lá por volta das 2 da tarde.


Chegada no Botanic Gardens


Eu e a Ciça caminhamos um pouco e logo encontramos o Guilherme e pra nossa sorte ele estava lá com um cara que mora na mesma residência estudantil dele e tinha chegado às 9 da manhã no Botanic Garden e pegado certamente um dos melhores lugares para assistir à queima de fogos.


Visão geral do espetáculo!


Ficamos lá conversando já que teríamos que esperar mais 10 horas até o início de 2009. Aproveitei pra pegar sol, mas o dia tava tão quente, e com nenhuma nuvem no céu que logo logo já tava todo mundo torcendo por uma sombra, que pra nossa sorte chegou por volta das cinco e meia da tarde.


Tomando um solzinho antes de 2009 chegar


Durante o tempo que ficamos lá foram chegando cada vez mais brasileiros e de repente tinha gente de todos os cantos: Manaus, São Paulo, gaúchos, brasilienses, mineiros e por aí vai.


Turma do Botanic Gardens =)


Quando deu 21h começaram os primeiros fogos, uma espécie de teste, mas também uma celebração do primeiro réveillon no mundo, que acontece em alguma cidade da Nova Zelândia se não me engano. Quando deu 22h aproveitei para dar um cochilo, já que depois dos fogos teríamos que correr pra Darling Harbour, pois as 2 da manhã iríamos para uma festa num barco que duraria até as 6 da manhã. Acordei depois de uma hora e ficamos na expectativa até o início da queima dos fogos. E mesmo nunca tendo passado um réveillon em Copacabana ou em outro lugar reconhecido no mundo posso dizer que dificilmente um dia verei algo da proporção do que foi aquilo. Uma queima de fogos que durou pouco menos de 15 minutos, mas que foi de uma sincronia absurda e com uma vista extremamente privilegiada.


Parte final da queima de fogos



Diferente do Brasil, onde as pessoas ficam nas ruas após a queima de fogos, aqui rola uma parada meio cabulosa, pra não dizer tosca uahauhauah Assim que acabam os fogos, as pessoas batem palma por uns 15 segundos e depois já saem em disparada para as ruas da cidade, principalmente a George Street, que é a rua principal da city, que fica totalmente tomada.

Fomos então para Darling Harbour para a festa do barco, que era uma festa de brasileiros basicamente, com dois ambientes: um de música brasileira e outro de eletrônica. A festa foi até legal, mas nada de extraordinário. O mais legal ficou por conta da vista quando estava amanhecendo.


Opera House ao amanhecer!


Saímos do barco e fomos para o Mcdonalds lanchar, mas eu não comi porque não estava a fim de gastar, já que tinha rango em casa. Cheguei em casa, comi, fui pra internet rapidinho falar com família e alguns amigos que ainda estavam em 2008 hehehehehe Depois dormi já quase as 9 da manhã sem saber o quanto o próximo dia seria proveitoso. Acordei às 14h (só pra lembrar, eu tava dormindo todos esses dias no sofá da casa da Ciça até arrumar um apê pra ficar, já que por um problema da agência de intercâmbio, eles não tinham conseguido a minha homestay e iriam me ressarcir o valor pago) e fui comer alguma coisa. Como estava muito cansado, resolvi descansar de novo lá pelas 15 e só fui acordar às 20h. Comi novamente um macarrão, mexi rapidinho na net e resolvi o quê? Que iria dormir mais um pouco uahuahauhauahauh Deu 21h eu dormi e acordei pouco depois de meia-noite. Pra não perder o costume, belisquei alguma coisa, mexi mais um pouco na net e pouco depois de 1 da manhã dormi, acordando só as 9 da manhã do dia 2. Ou seja, eu basicamente hibernei igual um urso no primeiro dia do ano, pqp. Pra quem perdeu as contas, em 24h eu dormi pouco mais de 20 horas. 2009 não podia ter começado melhor hehehe


Próximo capítulo: As duas primeiras semanas do ano!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Voltando à rotina!

Bem, devido a inúmeros pedidos dos leitores assíduos deste blog, darei uma corrida hoje com ele para mantê-los atualizados. Voltarei então a contar sobre a minha rotina em Sydney.
Após ter dormido maravilhosamente bem no chão do apê, acordei quebrado no outro dia, mas bem disposto a já começar a aprender coisas novas. Acessei então o youtube e procurei por “como dobrar a roupa” uahauhauahuah Porque um tempo atrás eu já tinha visto um vídeo desses e achado bem interessante. Assisti então ao vídeo e na terceira tentativa consegui dobrar a blusa. Engraçado com algo que eu nunca me preocupei em fazer em mais de 20 anos eu consegui aprender em menos de 1 minuto hehehe Fiquei fazendo alguns testes lá e aprendi de vez a dobrar a roupa. Agora só faltava aprender a lavar, secar e passar...
Vídeo que ensina a dobrar a roupa: www.youtube.com/watch?v=GL3QW2KfLqA&feature=related
Aproveitei a disposição e comecei a preparar o blog, decidir nome, etc. Depois almocei um arroz com sardinha (não me lembro de ter comido sardinha antes disso hehehe mas na fome que eu tava valia tudo, já que no dia anterior tinha feito apenas 2 refeições: a primeira às 2 da tarde e a segunda lá pela 1 da manhã) e fui pro msn falar com a família e mostrar na web minha nova habilidade em dobrar blusas. Minha mãe faltou chorar já que eu nunca fiz isso em ksa né hehehe Depois da família toda ter assistido o show sai pra jogar basquete com o coreano do meu apê. Foi irado jogar só com os gringos. Tinha uns caras da minha altura e que corriam pra cacete. E melhor ainda foi o fato de não ter nenhum outro brasileiro, o que me fez treinar o inglês pela primeira vez aqui na Austrália. Voltei pra casa, descansei um pouco e depois fui pro Side Bar, uma baladinha de backpackers que tem aqui em frente ao apê, voltei pra casa, comprei um miojão e depois fui pra net falar com amigos e família e arrumar o blog. Acabei indo dormir lá pelas 5 da manhã, sem saber que dali à uma hora já estaria acordando...
Tinha colocado meu celular pra despertar lá pelo meio-dia. De repente escuto uma barulheira sinistra e pensei: “Que bosta, coloquei o meu celular mó alto e vou acordar todo mundo ”, olhei no relógio e eram 6 da manhã e meu celular não estava tocando. Era a merda do alarme de incêndio que tinha disparado no prédio todo uahauhauahaha Na mesma hora a Ciça veio me avisar que aquilo de vez em quando acontecia, que já tinha acontecido com elas outras 3 ou 4 vezes e que podia demorar 1 hora pra desligarem!!! E o barulho era alto e extremamente irritante. Tentei descansar mas era impossível, então peguei meu travesseiro fui pra varandinha da casa e escondei na mesa lá. Logo depois veio a Livian que também não tava agüentando o barulho e ficamos conversando por uns 20min até que parou a bosta do barulho e então voltei a dormir novamente.
Vídeo do Evacuation (a bosta do barulho que fazia) estrelado pelas minhas primeiras roommates (Clarissa, Livian, Fabi e Cláudia): www.youtube.com/watch?v=0ftdg1MNL0g&eurl=http://www.orkut.com/FavoriteVideoView.aspx?uid=11137572909536841704&ad=1224818520
Acordei e saí com a mulherada do apê pra almoçar no Scruffy Murphies antes de irmos para Maroubra Beach, a primeira praia que fui aqui em Sydney (aliás, depois farei um post específico das praias que visitei).

Eu e Ciça em Maroubra Beach

Eu e as flatmates no Scruffy almoçando

Voltamos da praia no finzinho da tarde e passamos no Pizza Hut pra lanchar. Depois aproveitei e fiz minhas primeiras compras no Coles, um dos supermercados daqui que tem uma marca própria muiiiiito mais barata que as outras e de boa qualidade. Arrumei as minhas primeiras compras, mandei ver no macarrão e fui dormir.

Primeiras compras no Coles

Primeiro macarrão que cozinhei! Agora to expert

Acordei no meu 4º dia em Sydney e combinei de encontrar com o Murillo e a Aline. O Murillo é um amigo da estatística lá da faculdade, que está morando um tempo em Melbourne. Ele foi pra Brisbane pra casa da Aline, amiga dele e depois eles vieram pra Sydney pra passar o réveillon. É como se ele tivesse saído do Sul, pegado um vôo pro Nordeste pra depois nos encontrarmos em Brasília hehehe
Fomos no Opera House e, em retribuição à tudo que a Ciça fez por mim, eu fiz as vezes de guia turístico hehehe Vimos uns aborígenes tocando uns instrumentos lá, que mais parecia uma rave uhauahauah muito irado, se bobear vou comprar o cd. Depois demos umas voltas pelo Botanic Gardens e fomos então almoçar no Scruffy Murphys (sim, é sempre o mesmo restaurante. Fui nele 3 vezes em 4 dias de Sydney hehehehehe). Fui então pra uma academia massa aqui, chamada V-Club, fiz minha matrícula, voltei pra casa, conversei um pouco com o povo e capotei.
No dia seguinte (30) acordei cedo, por volta de 7 da manhã, fiquei a toa, de tarde fui malhar e de noite fui pro The Gaff, o local ideal para casais apaixonados aqui na Austrália, com direito a Wet T-Shirt Competition. Loucura, mas não posso escrever muito pq já to capotando aqui e agradeço pela minha mãe não saber traduzir isso uhauahauhauah Tiagão e Pablo (amigos de Pódion, cursinho onde trabalho) se sentiriam em casa uahauhauahauha Voltei pra casa e só pensava em dormir bem porque sabia que o dia seguinte seria pedreira, afinal de contas teríamos que chegar antes de meio-dia provavelmente para pegarmos um lugar bom para ver a queima de fogos no réveillon. Mas isso fica pra o próximo capítulo.

Próximo Capítulo: NYE (New Year’s Eve)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Aulas - Greenwich College

Well, um dos objetivos de vir pra Sydney também foi o de melhorar meu inglês. Na realidade, eu entendo muito bem, escrevo bem, não tenho problemas com gramática, mas meu speaking é uma bosta. Como não queria vir pra fazer um curso de Business que sairia mais barato, mas você não aprende nada em 6 meses, ou um curso de Information Technology, que eu muito provavelmente nunca utilizaria pra alguma coisa, resolvi fazer um preparatório pro IELTS, teste de proficiência na língua inglesa tal como o Cambridge, porém com um prazo de validade de 2 anos. Esse teste me dá direito a 12 créditos na faculdade, ou seja, vai me facilitar pra que quando eu voltar possa fazer minha monografia com mais tranqüilidade, sem precisar correr atrás de créditos. Mas como faz tempo que não tenho aulas de inglês, resolvi fazer 1 mês de General English e depois sim começar o preparatório do IELTS durante 14 semanas. Pois bem, lá fui eu pro primeiro dia de aula. Chegando lá faríamos um teste de uma hora que incluiria Grammar, Listening, Writing e Speaking para ver em qual nível eu me encaixaria. Fiz o teste sem maiores problemas e vi que no Speaking o cara lá que falava comigo escreveu P.I./E e eu não tinha a mínima idéia do que seria aquilo. Pois bem, depois fizemos um tour pela escola, o diretor leu umas recomendações lá e fomos liberados pro almoço. Pela parte da tarde, pegaríamos o resultado do nosso teste junto com o material e já começaríamos as aulas. Quando voltamos do almoço, vi 4 pilhas de material separados e obviamente aqueles eram os níveis de cada um. E foi aí que tomei um susto. Os 2 primeiros caras chamados eram provavelmente do avançado (mais tarde descobri que ficaram no upper intermediate). Na próxima pilha tinham 3 materiais e eram para o nível intermediário. Quando olhei para as outras 2 pilhas com uns 10 livros cada me dei conta do que as iniciais do meu speaking significavam: Pre-Intermediate e Elementary. Sim, eu era realmente uma merda no speaking uahuahauahuah Já comecei a pensar que tava fudido, pq muito provavelmente os diretores não deixariam eu entrar num curso preparatório do IELTS sem antes atingir ao menos um nível de Upper Intermediate. Pois bem, chamaram os 2 primeiros nomes da pilha do Intermediate e nada de me chamarem. Quando já me conformava com o Pré-Intermediate (ou quem sabe um Elementary) um dos diretores chama o último nome da pilha: Big Fred! Uahauahuahauaha Fiquei mais aliviado e fui então pra sala. Como se não bastasse fiquei na sala do meu colega de apartamento, que também é de Brasília e descobri uns dias antes que estudaria no mesmo colégio. Além dele, na mesma sala que eu, estava um cara que eu conheço a muito tempo, amigo da família, também de Brasília, que inclusive já viajamos juntos pra um carnaval. PQP, Sydney é um ovo igual Brasília uahuahauahuaha

Bem, começamos a aula e aos poucos fui conhecendo o pessoal da minha turma. Emi e Ozey da Turquia. Geovani, J.P. e Thiago, brasileiros. Gigi de Macau. Carlota da Itália. Junji, japonês. Bianca, Alice e Katie da Coréia do Sul. Go e Sunny da Tailândia e Virgis, da Lituânia. Mas como começam aulas todas as semanas e sempre rolam umas mudanças de nível, o Geovani, Thiago, Virgis e Junji já saíram da turma e o Gianluca da Itália e o Dan do Brasil entraram. (Em breve coloco uma foto da turma inteira). É tanta informação e tantos nomes pra decorar que a gente acaba ficando louco.


Como ficamos com tanta informação


O esquema das aulas durante a semana é bem diferente do Brasil. As aulas começam as 9 da manhã e terminam as 3 da tarde, divididas em dois períodos. No primeiro que começa às 9 e termina as 11:40 trabalham mais a parte da gramática, vocabulário e listening, com exercícios do livro texto. No segundo período que vai do 12:30 às 15:00 trabalhamos essencialmente a conversação e a escuta com alguns jogos, dinâmicas e etc. Nos dois períodos há um break de 10 minutos durante a aula.

E para que não fiquem muito cansativas as aulas, eles adotam algumas idéias que achei interessante. Na segunda e na terça as aulas são normais. Na quarta, após o break do período da tarde há uma aula de pronúncia, direcionada a alunos de mesma nacionalidade, pra trabalhar pontos específicos de cada língua. Na quinta há um teste depois do break do período da manhã e antes do teste há um meeting, onde todos os alunos se reúnem na sala de lanches/cozinha da escola para decidir o que faremos na sexta-feira. As opções são: Grammar, para melhorar a gramática; Newsletter, onde os alunos de níveis mais avançados redigem para uma espécie de jornal; Movie Club, onde cada aluno paga 2 dólares para assistir a um filme específico e Excursion, onde geralmente eles oferecem excursões para alguns pontos turísticos com um preço menor. Eu, obviamente escolhi o passeio pra Sydney Tower na última sexta. O passei normalmente custa 20 dólares, mas pela escola saiu por 14.

E é isso. Acho que até mais que melhorar o inglês, essa tem sido uma experiência incrível pelo fato de conhecer gente do mundo todo, de diferentes culturas e que, no fundo, são todas iguais. Tenho conversado muito com todos durante as aulas e tenho descoberto algumas coisas que nunca imaginaria. Já escutei várias histórias: a coreana me contando que, atualmente, as pessoas mais novas não consideram a Coréia do Norte como um mesmo país, nem mesmo como uma Coréia dividida em duas partes; o turco me contando sobre algumas construções e belezas naturais da Turquia que eu nunca imaginaria (aliás, se fizer um mochilão no futuro pela Europa, certamente incluirei Istambul e alguns lugares da Turquia na rota). Mas até agora, a melhor aula foi a que cada grupo deveria falar sobre o seu país, fazer um cartaz e explicar sobre a bandeira, cultura, religião, língua, etc. E a história da bandeira da Turquia foi a que deixou todo mundo mais impressionado (dei uma pesquisada na internet e na realidade, existem várias lendas sobre a real história, mas nem por isso deixa de ser impressionante). Uma das lendas diz que durante a guerra que aconteceu na Turquia, todo o país estava manchado em sangue e durante uma noite, alguém viu a imagem da Lua próxima a uma estrela refletido numa mancha de sangue, e daí a origem da bandeira, com o vermelho representando o sangue derramado (isso segundo os próprios turcos). Quando finalmente conseguimos entender com a ajuda da professora o que eles estavam querendo dizer, só rolou aquele tradicional: Ooooooohhhhhhhhh! Hehehee Foi engraçado, mas curti a lenda.


Bandeira da Turquia


P.S.: Acabei de procurar no Google e a estrela e a crescente lunar também são símbolos muçulmanos há séculos.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Curiosidades sobre Sydney

Começando os posts mais específicos sobre Sydney, colocarei algumas curiosidades e fatos sobre Sydney:
- As notas aqui são de 5, 10, 20 e 50 dólares e possuem tamanhos maiores à medida que o valor aumenta, além de terem cores distintas, assim como no Brasil. Confesso, porém, que demorei até entender o esquema das moedas aqui, mas depois da dica da Ciça, tudo ficou mais fácil hehehe Aqui as moedas são de 5, 10, 20 e 50 cents e 1 e 2 dólares. O detalhe é que as de dólar são douradas e as de cents prateadas. As prateadas aumentam de tamanho à medida que o valor aumenta. Já as de dólar diminuem, ou seja, a de 2 é a menor de todas (sinceramente acho que fazem de sacanagem pra perdermos essas de 2);
- Aqui o metrô funciona efetivamente e não há atrasos. Você geralmente compra os tickets sem precisar pegar fila, já que tem várias máquinas espalhadas pelo metrô pra fazer isso. O único problema é que o troco é todo dado em moedas até onde vi agora. Qualquer dia experimentarei colocar uma nota de 50 e ver como sai o troco hehehe Até por isso tem também os guichês de venda espalhados caso a pessoa tenha apenas notas grandes e queira notas, e não moedas, como troco;
- Todos os sinais, pelo menos aqui no centro, emitem sons que distinguem quando se deve ou não atravessar a rua. Em alguns cruzamentos, chegam a ter 5 sentidos pra atravessar a rua, inclusive na diagonal, algo que nunca vi em Brasília, nem em Alvinópolis, interior de MG uhaauhauaha;
- Uma das coisas que achei mais engraçado é na escada rolante. A maioria das escadas rolante cabe duas pessoas por nível, exceto algumas que já vi por aí que são mais estreitas e cabem apenas uma pessoa. Nas maiores é costume todo mundo ficar na esquerda e deixar a direita livre para que as pessoas que estão com pressa poderem passar, principalmente no metrô. Quando a Ciça me contou isso achei meio absurdo, mas foi só pegarmos uma escada dessas no metrô que comecei a rir, pq realmente TODAS as pessoas ficam no lado esquerdo, tanto na subida quanto na descida enquanto a direita fica livre;
- Aqui existem barraquinhas de informação espalhadas por toda city, com mapas, folhetos explicativos e pessoas para auxiliar caso você esteja perdido. Existem também em alguns pontos de ônibus, pessoas que te auxiliam pra pegar os ônibus corretos. Creio eu que isso tenha começado na época das olimpíadas e tenha dado tão certo que eles resolveram manter, até pq o fluxo de estrangeiros aqui é absurdo;
- Aqui a casquinha do McDonalds é 30 cents hehehe;
- Em Sydney (assim como em toda Austrália creio eu) você pode tomar água da torneira mesmo. São poucas as casas que possuem filtro ou algo do tipo, e até o diretor do colégio onde estudo, enquanto mostrava as dependências da escola, nos falou que podíamos realmente tomar água ali. No começo foi meio estranho, mas acostuma;
- A maioria das baladas de Sydney é de graça a entrada, e pra ir a algumas mais badaladas você paga geralmente 10 dólares. Mas isso é assunto pra outro tópico.

P.S.: A net aqui tá mto lenta e por isso não estou conseguindo colocar fotos, mas em breve colocarei tanto nesse post quanto no anterior algumas fotos.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Primeiro dia em Sydney

Quando desci do avião fiquei preocupado com o cartão que tivemos de preencher para entregar na imigração. Lá pediam vários detalhes, dentre eles um endereço de onde eu pretendia morar. O “porém” é que eu não tinha onde morar, já que no dia da viagem a minha agência de intercâmbio ainda não tinha me arrumado uma homestay e eu viajei homeless hehehe. Mas conversando com um brasileiro no vôo ele disse que eu poderia colocar o endereço da minha escola que aquilo era apenas para que tivessem uma referência de onde me procurar. Pois bem, depois de pegarmos as malas nós passamos por dois locais da imigração. O primeiro checa os seus dados e faz alguma pergunta simples do tipo: “Quando tempo você pretende ficar aqui” e tal. Passei tranqüilo enquanto outras pessoas estavam sendo encaminhadas para alguns agentes da imigração. O segundo ponto era o do raio-x das malas e nessa hora não foi tão tranqüilo. Uma das minhas malas eles ficaram olhando um tempão e então resolveram abrir. Cheguei perto e o cara me perguntou se eu tinha soup na mochila. Daí eu pensei: “Porra, claro que não tenho sopa na mochila”, mas como achei que tinha algo errado e que era muito improvável que ele perguntasse aquilo falei que não tinha entendido o que ele tinha dito. Foi então que o agente tira um sabonete da mala e diz: “Yeah, it was the soAp” e colocou de volta na minha mala e me agradeceu pela paciência uahauhauah Na hora eu pensei: “Ai que burro, dá 0 pra ele”, mas eu nunca me lembraria naquele momento que soap era sabonete hehehehe E assim saí na área de desembarque e lá estava a Ciça, minha mãezona aqui na Austrália me esperando.

Então lá estávamos eu, o Guilherme e a Ciça esperando o transfer do Guilherme que ainda não tinha chegado para levá-lo para a residência estudantil onde ele ficaria, enquanto eu iria pra casa da Ciça e tentar resolver com a agência onde eu ficaria. Só que o transfer do Guilherme tava demorando muito e ele então resolveu ligar. Daí o atraso do transfer, a agência agendou para que o cara buscasse o Guilherme no dia 25, só que nós chegamos no dia 26 e o cara disse que tinha esperado um tempão por ele no dia anterior, mas que já estava indo buscá-lo. Pegamos carona com o cara do transfer (apesar de isso ser proibido pela empresa dele, mas o cara era gente finíssima e acabou cedendo aos nossos pedidos hehehe) e paramos na casa do Guilherme. Tomamos banho por lá e depois saímos pela city já que era nosso primeiro dia, chegamos logo pela manhã e se dormíssemos naquele momento, iríamos sofrer por um tempinho com o tal do Jet lag que acontece devido à diferença de horários (Sydney está 13h à frente de Brasília). Deixei minhas malas na casa da Ciça, que fica na George Street (principal Rua de Sydney) e em frente à Central Station (uma das principais estações de metrô da city) e então fomos caminhar um pouco. Esse “pouco” começou às 11 da manhã e fomos parar em casa às 8 da noite, o que acabou sendo bom para já nos adaptarmos ao horário local.

O início da caminhada foi meio tenso. Eu sentia tudo girando e várias vezes achava que ia desmaiar hehehe por vários motivos, primeiro que eu não tinha me alimentado bem durante os vôos apesar da comida ser excelente e segundo pq durante as 48 horas de viagem eu provavelmente dormi menos de 5h. Mas lá fomos nós pela George Street e passamos por várias lojas (já que era Boxing Day, uma espécie de dia de liquidações em quase todas as lojas) e vários locais famosos por aqui: Queen Victoria Building (QVB), Myer, Apple Store (loja da Apple com três andares), dentre outros até chegarmos ao Opera House e ali sim bateu aquela parada “PQP, eu to em Sydney”


Mais uma do Opera House


Como todo bom turista, tiramos várias fotos da Harbour Bridge e do Opera House e então fomos ao Royal Botanic Gardens - um parque com as melhores vistas da Harbour e do Opera House - e onde passaríamos o réveillon alguns dias depois. Mais umas fotos, tomamos um energético pra ficarmos em pé e depois demos um tempo no Botanic, apreciando a vista e conversando um pouco. Voltamos lá pelas seis da tarde e passamos na Chinatown, uma espécie de feira que funciona de quinta a domingo e (obviamente) é dominada pelos chineses, tal como a Feira do Paraguai em Brasília. Vários eletrônicos baratos, lembrancinhas e caldo de cana. Sim, no meu primeiro dia aqui já tomei um caldo de cana uahuahauah deu nem tempo de sentir saudade direito. Chegamos em casa depois de todo esse tempo caminhando mas eu ainda não podia dormir, afinal estava muito cedo e se eu dormisse acordaria no meio da madrugada pilhadão, o que não seria nada bom depois de todo esforço pra me manter acordado. Arrumamos-nos e fomos deixar o Guilherme na casa dele (que é longe bagarai) e depois eu e a Ciça fomos pra Cargo Bar, uma balada aqui na Darling Harbour bem mais ou menos. Música muito alta, não dá pra conversar direito, mas foi massa pq já conheci um coreano e um eslovaco que chamaram pra jogar basquete no outro dia, só com estrangeiro, o que já foi um bom teste pro meu inglês. Finalmente voltamos pra casa por volta de 1 da manhã e não me lembro de ter dormido tão bem no chão em toda minha vida uahuahauhauahauh