segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Aulas - Greenwich College

Well, um dos objetivos de vir pra Sydney também foi o de melhorar meu inglês. Na realidade, eu entendo muito bem, escrevo bem, não tenho problemas com gramática, mas meu speaking é uma bosta. Como não queria vir pra fazer um curso de Business que sairia mais barato, mas você não aprende nada em 6 meses, ou um curso de Information Technology, que eu muito provavelmente nunca utilizaria pra alguma coisa, resolvi fazer um preparatório pro IELTS, teste de proficiência na língua inglesa tal como o Cambridge, porém com um prazo de validade de 2 anos. Esse teste me dá direito a 12 créditos na faculdade, ou seja, vai me facilitar pra que quando eu voltar possa fazer minha monografia com mais tranqüilidade, sem precisar correr atrás de créditos. Mas como faz tempo que não tenho aulas de inglês, resolvi fazer 1 mês de General English e depois sim começar o preparatório do IELTS durante 14 semanas. Pois bem, lá fui eu pro primeiro dia de aula. Chegando lá faríamos um teste de uma hora que incluiria Grammar, Listening, Writing e Speaking para ver em qual nível eu me encaixaria. Fiz o teste sem maiores problemas e vi que no Speaking o cara lá que falava comigo escreveu P.I./E e eu não tinha a mínima idéia do que seria aquilo. Pois bem, depois fizemos um tour pela escola, o diretor leu umas recomendações lá e fomos liberados pro almoço. Pela parte da tarde, pegaríamos o resultado do nosso teste junto com o material e já começaríamos as aulas. Quando voltamos do almoço, vi 4 pilhas de material separados e obviamente aqueles eram os níveis de cada um. E foi aí que tomei um susto. Os 2 primeiros caras chamados eram provavelmente do avançado (mais tarde descobri que ficaram no upper intermediate). Na próxima pilha tinham 3 materiais e eram para o nível intermediário. Quando olhei para as outras 2 pilhas com uns 10 livros cada me dei conta do que as iniciais do meu speaking significavam: Pre-Intermediate e Elementary. Sim, eu era realmente uma merda no speaking uahuahauahuah Já comecei a pensar que tava fudido, pq muito provavelmente os diretores não deixariam eu entrar num curso preparatório do IELTS sem antes atingir ao menos um nível de Upper Intermediate. Pois bem, chamaram os 2 primeiros nomes da pilha do Intermediate e nada de me chamarem. Quando já me conformava com o Pré-Intermediate (ou quem sabe um Elementary) um dos diretores chama o último nome da pilha: Big Fred! Uahauahuahauaha Fiquei mais aliviado e fui então pra sala. Como se não bastasse fiquei na sala do meu colega de apartamento, que também é de Brasília e descobri uns dias antes que estudaria no mesmo colégio. Além dele, na mesma sala que eu, estava um cara que eu conheço a muito tempo, amigo da família, também de Brasília, que inclusive já viajamos juntos pra um carnaval. PQP, Sydney é um ovo igual Brasília uahuahauahuaha

Bem, começamos a aula e aos poucos fui conhecendo o pessoal da minha turma. Emi e Ozey da Turquia. Geovani, J.P. e Thiago, brasileiros. Gigi de Macau. Carlota da Itália. Junji, japonês. Bianca, Alice e Katie da Coréia do Sul. Go e Sunny da Tailândia e Virgis, da Lituânia. Mas como começam aulas todas as semanas e sempre rolam umas mudanças de nível, o Geovani, Thiago, Virgis e Junji já saíram da turma e o Gianluca da Itália e o Dan do Brasil entraram. (Em breve coloco uma foto da turma inteira). É tanta informação e tantos nomes pra decorar que a gente acaba ficando louco.


Como ficamos com tanta informação


O esquema das aulas durante a semana é bem diferente do Brasil. As aulas começam as 9 da manhã e terminam as 3 da tarde, divididas em dois períodos. No primeiro que começa às 9 e termina as 11:40 trabalham mais a parte da gramática, vocabulário e listening, com exercícios do livro texto. No segundo período que vai do 12:30 às 15:00 trabalhamos essencialmente a conversação e a escuta com alguns jogos, dinâmicas e etc. Nos dois períodos há um break de 10 minutos durante a aula.

E para que não fiquem muito cansativas as aulas, eles adotam algumas idéias que achei interessante. Na segunda e na terça as aulas são normais. Na quarta, após o break do período da tarde há uma aula de pronúncia, direcionada a alunos de mesma nacionalidade, pra trabalhar pontos específicos de cada língua. Na quinta há um teste depois do break do período da manhã e antes do teste há um meeting, onde todos os alunos se reúnem na sala de lanches/cozinha da escola para decidir o que faremos na sexta-feira. As opções são: Grammar, para melhorar a gramática; Newsletter, onde os alunos de níveis mais avançados redigem para uma espécie de jornal; Movie Club, onde cada aluno paga 2 dólares para assistir a um filme específico e Excursion, onde geralmente eles oferecem excursões para alguns pontos turísticos com um preço menor. Eu, obviamente escolhi o passeio pra Sydney Tower na última sexta. O passei normalmente custa 20 dólares, mas pela escola saiu por 14.

E é isso. Acho que até mais que melhorar o inglês, essa tem sido uma experiência incrível pelo fato de conhecer gente do mundo todo, de diferentes culturas e que, no fundo, são todas iguais. Tenho conversado muito com todos durante as aulas e tenho descoberto algumas coisas que nunca imaginaria. Já escutei várias histórias: a coreana me contando que, atualmente, as pessoas mais novas não consideram a Coréia do Norte como um mesmo país, nem mesmo como uma Coréia dividida em duas partes; o turco me contando sobre algumas construções e belezas naturais da Turquia que eu nunca imaginaria (aliás, se fizer um mochilão no futuro pela Europa, certamente incluirei Istambul e alguns lugares da Turquia na rota). Mas até agora, a melhor aula foi a que cada grupo deveria falar sobre o seu país, fazer um cartaz e explicar sobre a bandeira, cultura, religião, língua, etc. E a história da bandeira da Turquia foi a que deixou todo mundo mais impressionado (dei uma pesquisada na internet e na realidade, existem várias lendas sobre a real história, mas nem por isso deixa de ser impressionante). Uma das lendas diz que durante a guerra que aconteceu na Turquia, todo o país estava manchado em sangue e durante uma noite, alguém viu a imagem da Lua próxima a uma estrela refletido numa mancha de sangue, e daí a origem da bandeira, com o vermelho representando o sangue derramado (isso segundo os próprios turcos). Quando finalmente conseguimos entender com a ajuda da professora o que eles estavam querendo dizer, só rolou aquele tradicional: Ooooooohhhhhhhhh! Hehehee Foi engraçado, mas curti a lenda.


Bandeira da Turquia


P.S.: Acabei de procurar no Google e a estrela e a crescente lunar também são símbolos muçulmanos há séculos.

3 comentários:

  1. UAHuahuauahuhuHua que irado o esquema de aulas ai fredãoo !!


    se tu me zuar pq tem um palavra ai ( vc sabe o que q é) EU VO FIKAR PUTOO! UHAuahuhAU to zuando =D

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  2. "Tenho conversado muito com todos durante as aulas..."
    Pô, Fred!!!
    Você tá aí pra estudar ou conversar???
    Hehehehe...

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  3. os posts tão atrasadooos
    =D

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